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7.12.24



NOVEMBRO, 2024 — Tentando escolher as palavras que resumem esse mês e falhando miseravelmente com a sensação de pura incoerência. Afinal, como um mês pode abraçar o caos rotineiro, a agitação de novos eventos-experiências, conquistas e outras grandes mudanças da vida, tudo isso e ainda assim fechar o mês com a sensação de caramba esse mês foi bom, esse mês foi leve. 

Já aviso, esse post provavelmente será longo. 

Rolou manter a tal da constância dos treinos em casa e na academia. Reorganizei minha alimentação, dessa vez realmente tentando bater os macros. Afinal, pra crescer tem que comer. Fiquei chocada comigo mesma pensando no que ia jantar, sem fugir do plano, antes de um show.

Big Mac eu te amo mas dessa vez eu não te escolhi. 

Curiosidade desse espaço-tempo: Sara considera passeio ir ao mercado e fica ainda mais feliz quando ganha pão de queijo.  

Peraí, eu falei show?

Minha mãe fica sabendo por um aplicativo que Oingo Boingo resolveu fazer shows de despedida na América Latina e, pasmem, um deles é nos lados de cá em Florianópolis. Não penso muito, ainda em choque, e cometo a compra dos ingressos. Já comentei aqui brevemente a minha relação com essa banda e as vezes a ficha parece não cair, mas aconteceu, eu fui no show e consegui meu 2º autógrafo, 34 fucking anos depois. 

A experiência foi surreal e compartilhar esse momento com mamis e maninha só tornou o momento ainda mais especial. Eu não sei nem como se explica a experiência porque não tenho costume algum de ir em show, mas se servir de parâmetro (mesmo que um bem esquisito), eu senti vontade de ABRAÇAR todos os integrantes da banda. E gente, eu não costumo abraçar pessoas HAHAHAHA. Além de passar uma puta vergonha improvisando um inglês bem meia boca e ligando zero pra isso pois feliz demais na hora dos autógrafos mostrando pra eles o autógrafo que ganhei com 9 dias de vida. Perdi tudo com a cara de choque do John Avila. 

Curiosidade desse espaço-tempo: Enfim conheci meu sobrinho Jorge, o gato. Ele gostou de mim então automaticamente aliviada pois caso ele não gostasse já ia ficar preocupada com um possível desvio de caráter meu. 

 

Os dias começaram a esquentar e, portanto, a ficarem mais propícios para passeios com a chefinha. O que faria zero sentido na cabeça da Barbara pré-existência da Sara, mas hoje digo tranquilamente que já passei invernos suficientes com a cria doente pra simplesmente ansiar pelo verão. Sempre com saudade de reclamar do calor, nunca com saudade de reclamar do frio. 

Então rolou passeio na Beira-Mar de São José, com direito a um copão de caldo de cana. 

E treininhos, muitos treininhos. Bom demais ver os resultados dessa rotininha doida, bom demais.  

Fui feliz progredindo carga também, graças ao meus queridos parceiros de treino & trabalho¹ que não me permitem treinar fofo com muita frequência. Ironicamente, ou não, também me ajudam a manter a cabeça no lugar e baixar a bola quando preciso simplesmente descansar. Equilíbrio é tudo né?

¹ Quem trabalha e treina junto, enlouquece e cresce junto? Questões... 

 

Feriado (20) fui no oftalmo fazer a consulta pré-operatória. 

A investigação que me fez cair numa cirurgia meio urgente, para baixar a bola da minha retina que estava se degenerando, me fez aproveitar o momento para matar uma curiosidade: poderia eu fazer cirurgia de correção de miopia e astigmatismo a essa altura do campeonato? Pisquei e estava em pleno feriado ansiosa indo para a consulta pré-operatória para confirmar o grau de correção. 

Achei o evento importante e resolvi cometer novos surtos capilares, cortei os cabelinhos.

Não sei se foi a animação pré-cirurgia, se foi o combo emocional que antecede grandes mudanças na nossa vida (ah sim, eu considero isso grandioso), se foi ter acertado na escolha do corte... eu me senti ✨ ADORÁVEL ✨ de verdade. 

Ainda no final de semana pré-cirurgia, curtindo nossa casinha e a pausa da correria da semana, Toni desbloqueou novas habilidades culinárias. Sara fiscalizou, deu seus pitacos e ajudou no preparo. Aproveitei a deixa para tomar um vinho. 

Curiosidade desse espaço-tempo: Mostrei para a Sara meu filme conforto de fim de ano, o filme Esqueceram de Mim, e aparentemente se tornou a nova obsessão dela também para minha alegria :) 

 

Enfim chegou a segunda-feira (25), dia de cirurgia, e lá fomos mozão e eu para a clínica me despedir dos meus óculos. É meu povo, depois de muuuuitos anos refém de óculos de grau, estou oficialmente livre deles. 

Cirurgia (Lasik) foi pela manhã, acho não durou nem 20min. Não vou negar, é um procedimento esquisito. Só que ao mesmo tempo parece tão simples e rápido (?) pra algo que simplesmente vai resolver o fato de tu não enxergar bosta nenhuma sem óculos... loucura.

O pós-operatório foi tranquilo, apenas morri de tédio por não poder forçar a vista nos primeiros dias. Quando forçava tentando ler algo, mexer no celular, etc, já sentia doer um pouco mas era só sossegar que logo aliviava. No primeiro e segundo dia precisei usar óculos escuro dentro de casa mas no terceiro já não senti tanta necessidade. 

Perdi as contas de quantas vezes chorei de emoção ao me dar conta no tanto que eu já estava enxergando sem óculos. 

Caramba eu vou poder provar um óculos de sol realmente enxergando pela primeira vez? Eu posso encostar a minha cabeça no travesseiro de lado e continuar lendo no meu Kindle sem nenhum problema? Vou poder usar sempre um óculo de sol na rua sem me preocupar com lente de contato? Eu vou poder fazer isso na praia? 🥹

Terceiro dia foi retorno pós-cirúrgico, eu e meu óclinhos de 35 reais contra o mundo. Sai da consulta animada com a recuperação, feliz com as coisas que já poderia fazer em tão pouco tempo pós procedimento e também animada pois no dia seguinte já voltaria a trabalhar (claramente desaprendi a sossegar de verdade). 

Curiosidade do pós-operatório: Precisei dormir por 01 semana com uma proteção de acrílico sobre os olhos. No segundo dia tomei um tapa no rosto do mais absoluto nada, da Sara, ambas dormindo. O cy não passou nem wifi depois disso meus amores, amém existência do protetor viu. 

Sim, também sai da consulta de retorno ciente que precisava urgentemente comprar um óculos de sol decente. 

Obrigada pra quem leu até aqui, falei que o post ia ser longo. 

Fun Fact : Descobri que meu ponto cego é a minha axila. Simplesmente não consigo focar no meu suvaco 🫨

A quem interessar, como não consigo aparecer com a frequência que gostaria por aqui e sinto que muita coisa se perde na correria e memória, resolvi tentar usar o Threads com mais frequência, compartilhar aleatoriedades da vida de um jeitinho mais descompromissado. 

É isso meu povo, espírito da #gratiluz abraçado em Novembro & espero que Dezembro feche nosso 2024 com chave de ouro! 💖

um beijo,

ba.

24.11.24

OUTUBRO, 2024 — Foi meio igual aos outros e também foi diferente. 

Os registros me lembram que consegui manter a rotina de treinos, o que tem me feito muito bem de diversas formas. 

Minha mãe e irmã vieram nos visitar no meio da semana, aquela dose de adrenalina na rotina, e dormiram aqui (o que rendeu o registro delas dormindo com Sarinha). 

Dia das crianças foi batendo perna no Shopping, o que deixa a pequena muito feliz. Brincou muito, comeu, voltou feliz para casa com um jacaré do MC Lanche Feliz. 

Também continuei me agarrando ao ritual da soneca da tarde da Sara nos finais de semana pra me obrigar a desacelerar e ler. Bom demais. 

Muito trabalho. Mas em um dos dias, como precisei fazer visita externa com cliente, o bônus foi almoçar pizza. Fui feliz demais. 

O registro descabelada? Pra lembrar que precisei fazer um cirurgia de regeneração (?) de retina que aparentemente estava indo de arrasta (?) e fiquei um dia inteiro com a pupila dilatada pós cirurgia (quase desfaleci de tédio). O registro foi naquela energia: caramba, enfim conseguindo abrir a cortina de casa já cedo mas a que custo sabe? 


Também do espaço-tempo Outubro, notas mentais e outras coisas...

Criar uma mini adolescente de quatro anos cheia de energia e personalidade, sendo eu a mãe que foi a criança que não deu trabalho, não é fácil. Na verdade, tem sido desafiador pra cacete. Os registros feitos no Shopping? Tem amor e felicidade ali, de verdade. Mas também tem essa que vos fala tentando lidar com as próprias questões, na corda bamba que é o limiar entre dar limites para a própria filha versus deixar que meu pânico em estar incomodando os outros sufoque a existência dela. Afinal, nesse limiar tem ela apenas sendo criança e ocupando espaços. E, meus amigos, eu que volte logo para terapia para ajudar a equilibrar esses pratinhos. O tanto que Sarinha voltou feliz do passeio foi proporcional ao tanto que eu precisei chorar, o puro suco da ansiedade, quando cheguei em casa. É, muitas emoções. 

As vezes aquele registro bonito e bacana cheio de amor e felicidade é também um recorte daquela tentativa de romantizar a vida no meio do caos. Um grande a que custo as vezes mas né, se não tentar romantizar um pouco, ver boniteza na vida, acho que a gente fica é ainda mais doido. 

Nesses mesmos recortes da vida tem eu reaprendendo a me enxergar, nas coisas que gosto de fazer, nas coisas que gosto de vestir. Tem sido curioso, divertido. 

Assim como tenho sentido a necessidade de impor limites, pulando a parte de justificar escolhas e tentar fazer o outro entender. Acho que chega uma fase que, se a gente precisa se esforçar além da conta para explicar escolhas e limites aos outros, então melhor evitar a fadiga. Esqueço disso as vezes e tento sacrificar a alma tentando me encaixar em situações pra fazer algo dar certo e todo mundo ficar feliz? Sim, mas ai os três dias tentando recuperar a sanidade me faz lembrar que precisava  mesmo disso? Geralmente não precisa, geralmente basta dizer putz só posso no dia x mesmo e parar por ai sem precisar bolar ideias mirabolantes que vão custar todo meu carisma. Enfim, vozes na minha cabeça.  

Corta para a tentativa de desfralde completo da Sara (seguimos na luta). Ela ganhou da avó aqueles ajustes de assento sanitário com escadinha em tudo. Foi toda faceira colocar no vaso sanitário para inaugurar e eu animada, segue:

– Agora tu pode fazer xixi e 💩, que legal né?

– Ué, mas tá escrito na caixa que é pra fazer 💩 também?

– Tá escrito sim 😁

– Não tá escrito não 👀

– Sara, tudo bem ter medo, a mãe quando era criança* também tinha medo e a vovó ajudou a mamãe.   * fonte: vozes na minha cabeça pra tentar conversar a miss desconfiança (:

– É? Dai tu conseguiu?

– Aham, consegui. 

– Uau, que legal.

– Legal né, a Sara vai tentar também?

– Não.

– 🤡


um beijo, 

ba