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24.11.24

Outubro, 2024

OUTUBRO, 2024 — Foi meio igual aos outros e também foi diferente. 

Os registros me lembram que consegui manter a rotina de treinos, o que tem me feito muito bem de diversas formas. 

Minha mãe e irmã vieram nos visitar no meio da semana, aquela dose de adrenalina na rotina, e dormiram aqui (o que rendeu o registro delas dormindo com Sarinha). 

Dia das crianças foi batendo perna no Shopping, o que deixa a pequena muito feliz. Brincou muito, comeu, voltou feliz para casa com um jacaré do MC Lanche Feliz. 

Também continuei me agarrando ao ritual da soneca da tarde da Sara nos finais de semana pra me obrigar a desacelerar e ler. Bom demais. 

Muito trabalho. Mas em um dos dias, como precisei fazer visita externa com cliente, o bônus foi almoçar pizza. Fui feliz demais. 

O registro descabelada? Pra lembrar que precisei fazer um cirurgia de regeneração (?) de retina que aparentemente estava indo de arrasta (?) e fiquei um dia inteiro com a pupila dilatada pós cirurgia (quase desfaleci de tédio). O registro foi naquela energia: caramba, enfim conseguindo abrir a cortina de casa já cedo mas a que custo sabe? 


Também do espaço-tempo Outubro, notas mentais e outras coisas...

Criar uma mini adolescente de quatro anos cheia de energia e personalidade, sendo eu a mãe que foi a criança que não deu trabalho, não é fácil. Na verdade, tem sido desafiador pra cacete. Os registros feitos no Shopping? Tem amor e felicidade ali, de verdade. Mas também tem essa que vos fala tentando lidar com as próprias questões, na corda bamba que é o limiar entre dar limites para a própria filha versus deixar que meu pânico em estar incomodando os outros sufoque a existência dela. Afinal, nesse limiar tem ela apenas sendo criança e ocupando espaços. E, meus amigos, eu que volte logo para terapia para ajudar a equilibrar esses pratinhos. O tanto que Sarinha voltou feliz do passeio foi proporcional ao tanto que eu precisei chorar, o puro suco da ansiedade, quando cheguei em casa. É, muitas emoções. 

As vezes aquele registro bonito e bacana cheio de amor e felicidade é também um recorte daquela tentativa de romantizar a vida no meio do caos. Um grande a que custo as vezes mas né, se não tentar romantizar um pouco, ver boniteza na vida, acho que a gente fica é ainda mais doido. 

Nesses mesmos recortes da vida tem eu reaprendendo a me enxergar, nas coisas que gosto de fazer, nas coisas que gosto de vestir. Tem sido curioso, divertido. 

Assim como tenho sentido a necessidade de impor limites, pulando a parte de justificar escolhas e tentar fazer o outro entender. Acho que chega uma fase que, se a gente precisa se esforçar além da conta para explicar escolhas e limites aos outros, então melhor evitar a fadiga. Esqueço disso as vezes e tento sacrificar a alma tentando me encaixar em situações pra fazer algo dar certo e todo mundo ficar feliz? Sim, mas ai os três dias tentando recuperar a sanidade me faz lembrar que precisava  mesmo disso? Geralmente não precisa, geralmente basta dizer putz só posso no dia x mesmo e parar por ai sem precisar bolar ideias mirabolantes que vão custar todo meu carisma. Enfim, vozes na minha cabeça.  

Corta para a tentativa de desfralde completo da Sara (seguimos na luta). Ela ganhou da avó aqueles ajustes de assento sanitário com escadinha em tudo. Foi toda faceira colocar no vaso sanitário para inaugurar e eu animada, segue:

– Agora tu pode fazer xixi e 💩, que legal né?

– Ué, mas tá escrito na caixa que é pra fazer 💩 também?

– Tá escrito sim 😁

– Não tá escrito não 👀

– Sara, tudo bem ter medo, a mãe quando era criança* também tinha medo e a vovó ajudou a mamãe.   * fonte: vozes na minha cabeça pra tentar conversar a miss desconfiança (:

– É? Dai tu conseguiu?

– Aham, consegui. 

– Uau, que legal.

– Legal né, a Sara vai tentar também?

– Não.

– 🤡


um beijo, 

ba

6 comentários:

  1. toda vez que eu apareço por aqui a Sara dobrou de tamanho, não sei se eu que tô ausente (estou sim) ou se ela realmente tá crescendo extremamente rápido jdhbfghjbsdf
    amei ela com a roupinha de esqueletinho, ficou um arraso!
    e entendo bem isso da retina do nada resolver dar tchau, tô suspeitando que tem algo assim acontecendo com a minha mas só consegui marcar oftalmo pra semana do natal ugh imagino que a recuperação desse tipo de cirurgia deve ser um saquinho mesmo.
    eu nunca tinha parado pra pensar nessa perspectiva de que às vezes mães podem prejudicar seus filhos por ter essa questão da própria vergonha de ocupar espaço. te juro, ler esse post fez uma baita cócega no meu cérebro, acho que vou até levar pra minha terapia isso.
    ameeeei os diálogos com a Sara! espero que logo ela se dê a oportunidade de confiar e aprender hahahah
    beijinhos!

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    1. nossa, dá pra arrumar vários triplex na nossa cabeça pensando nisso viu? eu fico doidinha HAHAHA

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  2. Ba, que alegria entrar no seu blog, saudades! A Sara tá a coisa mais linda, como essa guriazinha cresceu, lembro de você grávida!

    Acredito que deva ser muito desafiador criar um humaninho, aquela linha de por limites, mas também deixar a criança ser. E criança tem que ocupar espaços também <3
    E esses diálogos me arrancaram um sorriso hahahha

    https://nyrtais.blogspot.com/

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    1. nossa taís, sim, não foi ontem que eu descobri que estava grávida? a gente pisca e a criança logo faz 5 anos! HAHAHAA

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  3. Bela até descabelada! Que a sua retina se recupere bem da cirurgia. E que não fica feliz com um jacaré do McLanche Feliz não fica feliz por mais nada, tá 100% certa Sarinha. <3

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