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14.4.24

Querido diário, socorro

A camiseta que costuma representar a energia do dia no trabalho serviu bem como pijama hoje. Já são horas demais com dor de cabeça e o remédio que costuma resolver o problema acabou. Querido diário, socorro. 

A ressaca que me abraçou sexta-feira a noite se fez presente até sábado de manhã, ao que tudo indica. Não perdendo o embalo se aninhou com uma sinusite porque sempre dá para piorar. Eventos familiares são propensos a fortes emoções e dessa vez me senti mais do que atropelada. Eventualmente saber da real opinião de pessoas próximas (sejam verdades, pensamentos, achismos, whatever) pode ser desnorteador para cacete e lidar com a tristeza enquanto sua filha pergunta o motivo torna as coisas um pouco mais difíceis. Nada surpresa acordei com uma puta dor de cabeça e com a cara inchada afinal chorar não te faz acordar bela nem plena

Me senti uma grande palhaça recebendo a mensagem do dia no Co-Star ✌🏻🤡.

Resolvi então aproveitar o sofrimento existencial do momento para divagar um pouco nesse espaço que existe não só para as bonitezas da vida. Hoje eu vim para chorar as pitangas mesmo. 

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Estou frustrada porque não consegui colocar em prática por aqui o BEDA no formato que a Lana sugeriu. Cheguei a anotar ideias num papelzinho que tenho encarado quase todo dia e me sentindo uma grande ameba por não ter conseguido sequer começar. 

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Essa primeira semana de férias foi esquisita. Acho que é a primeira vez que excelentíssimo e eu conseguimos férias juntos e por pura exaustão não programamos nada para fazer nesse período. O que resultou numa experiência bizarra de duas pessoas no mesmo espaço tentando descansar mas sem conseguir porque ansiosos demais lidando com a culpa bizarra de não estar sendo produtivo durante o processo. Coisa para fazer sempre tem, mas energia e vontade... 

Decidir caminhar nos primeiros três dias ajudou a diminuir esse sentimento de culpa absurdo — saber que merecemos descansar e que não deveríamos sentir culpa só torna a coisa toda ainda mais ridícula mas não mais fácil — porém como os últimos quatro dias foram de chuva já sofro de abstinência. Sem falar que ainda temos mais uma semana de férias pela frente, juntos, e só os deuses sabem o que faremos com isso e quais sentimentos-sensações nos esperam.  

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Cansada do meu cabelo já estou. O glamour e autoestima foram todos gastos no meu aniversário, aparentemente, e aproveitei o embalo da tristeza para perguntar se essa semana minha cabeleireira tem horário. Sem grandes surpresas do que tenho em mente, saudades demais do cabelinho natural e bagunçado. O que me faz pensar que talvez eu nunca soube finalizar ele e agora estou curiosa se é possível algo que beire a estilo e não a desleixo. 

Por mais legal que seja, descontar surtos no cabelo é caro e trabalhoso. Sigo sem energia para manter esse luxo e já sem cabelo para isso também. Perdi um bocado no pós parto, sabe-se lá em quantas etapas caóticas da vida também, e conseguir enxergar meu couro cabeludo com facilidade tem me deixado mais aflita do que eu gostaria. Quero meu cabelinho de volta. 

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Fruto muito provavelmente do cansaço nem ousei planejar algo para essas férias além de existir no conforto da minha casa. O problema dessa decisão é bater também a dúvida se eu deveria estar fazendo outra coisa, como se até tirar férias tivesse um manual de como fazer do jeito certo. Hmm as pessoas fazem coisas nas férias, viajam, conhecem lugares, acumulam experiências e coisa e tal então eu não deveria estar fazendo o mesmo? Não deveria nada só porque os outros o fazem mas cá estamos tentando me lembrar do óbvio. Tudo bem fazer coisas, tudo bem não fazer porra nenhuma nada. 

Ainda assim lutando com as vozes na minha cabeça comecei a pesquisar chalés no meio do mato porque eu até posso inventar de viajar mas grandes chances de ser com a intenção de apenas me isolar em um lugar diferente. O obstáculo, além da falta de energia mental para colocar em prática e o quanto custa existir fora de casa, é que aparentemente chalés agora são feitos apenas para casais curtirem o próprio romance. Você pode treinar fazer crianças mas não pode trazê-las. 

Vou enfiar a minha criança aonde então desgraça?

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Enfim, acho que atingi a cota de amargura do dia e aproveitei pra compartilhar outras amarguras. Chorando as pitangas só por chorar mesmo, pra reorganizar a coisa toda na minha cabeça, talvez pra deixar registrado também. Tem dias que os pensamentos pesam mais do que deveriam, que a cabeça dói de verdade e que a paciência vai para a casa do caralho. 

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Aviso: Esse é um post desmotivacional, proibido pregar a gratidão. 

Ah mas você já agradeceu hoje por estar viva? Tem gente que... 

Foda-se! Hoje eu só queria reclamar mesmo e te convido a reclamar também se isso aliviar a tensão por ai. 

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Nos próximos capítulos provavelmente voltaremos com a programação normal. Teremos doses de gratiluz que eu quase compartilhei no meio desse post, quase. Caralho que cérebro tóxico.

Fim. 

10 comentários:

  1. Socorro, ri muito! Não se sinta culpada, Ba!
    Sei como se sente! Essa nova onda de positividade (tóxica) já deu. É tipo aquele meme, eu não quero resolver o problema, eu só quero reclamar mesmo.
    Essa coisa de a gente "ter que" estar produzindo o tempo inteiro é uma cilada! Não caia nessa. Às vezes tudo o que a gente precisa é de uns momentos para ficar olhando para o teto sem fazem nem pensar em nada para ajudar a realinhar os chakras kkk
    Sem culpa!
    Beijos e boas férias :D
    Jessica M.

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    1. bem esse mesmo, eu só queria reclamar HAHAHAHAHAH

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  2. Hahahahah eu ri! Sorry!
    Tem dias que lançamos o famoso “é sobre isso e não tá tudo bem”.
    Bjs

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  3. Espero que tudo fique bem logo e você encontre coisas para realizar durante esse período de ócio e férias.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  4. Minha contribuição para esse post vai ser dizer que você pode tentar fazer o beda em agosto, que tbm é mês de beda. A página vai ficar disponível para quem quiser por tempo indeterminado. Se não quiser esperar até agosto, pode usar as ideias pra fazer qualquer tempo também. Pra todo efeito, ano que vem vai ter a segunda edição, já salva na agenda. Desculpa, acho que meu comentário caiu na categoria de good vibes kkkkk. Eu só não usei as palavra gatilho: pense pelo lado positivo... Eu fiquei feliz que você quis participar do projeto e me precipitei.

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    1. boa! vou tentar já deixar pronto (e tentar não postar antes se eu conseguir montar os posts HAHAHAHA)

      teu comentário caiu na categoria TOME UMA SOLUÇÃO DOIS TAPAS NAS COSTAS o que eu gosto muito também porque não entra na categoria da gratidão. é tipo tá aqui uma ideia se fizer ok se não fizer ok também vida que segue (gosto muito)

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    2. Sendo assim, que bom então. Eu ri com os dois tapa nas costas kkkk. Esqueci de comentar sobre o detalhe de não se achar chalé family friendly em lugares calmos, nunca tinha me tocado sobre isso, mas me lembrei de todos os chalés em que fui e nenhum deles era apropriado para familias, nem mesmo para trios, só quarto de casal.

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  5. Posts anti gratiluz são meu tipo de post. Sinta-se virtualmente abraçada!!!

    Ba, aproveite as férias do seu jeitinho. Acorde tarde, fique com o excelentíssimo, cozinhem juntos, vejam vale a pena ver de novo, faça presepadas com a Sara, caminhe, tome suco três da tarde na padaria enquanto o resto da galera está trabalhando. Viajar eh bom, mas eh uma função do caralho!!! As vezes a melhor coisa que temos pra fazer eh ficar vegetando em casa curtindo a preguiça.

    :**

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