Chove já faz 84 anos e na segunda-feira acordei menos tristonha que no dia anterior. Achei que a próxima aparição aqui seria conforme programação normal, aquele punhado de pensamentos contemplativos quase que programados para ver a beleza no caos do dia a dia.
Talvez seja só esse excesso de chuva me mantendo dentro de casa nas férias e talvez seja o efeito segunda semana de férias, na segunda semana você meio que relaxa. As doses de culpa por não ser produtiva diminuindo e me deixando existir por algumas horas na cama em pleno horário comercial.
Lendo: A Lâmina da Assassina (Trono de Vidro), de Sarah J. Maas. |
Poderia estar refletindo sobre o motivo da tristeza mas resolvi aproveitar o tempo livre, coisa rara, para ser triste com calma. Fugindo dos problemas da vida enquanto leio sem culpa e me imagino sendo também uma guerreira destemida como se eu sequer tivesse coordenação para isso. Eu, a pessoa que não se confia em cima de uma bicicleta quem dirá brincando com adagas. Ainda bem que os pensamentos são meus para eu ignorar o que eu quiser.
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Deixamos Sara na creche hoje e fomos para a feira. Fui encarregada da tarefa de escolher bons pinhões entre uma pilha de pinhões novos demais. Escolher pinhões, escolher mesmo, levou um tempo e descobri que esse tempo se transforma em tempo para pensar. Imagina se essa cabecinha resolvesse apenas se concentrar na tarefa em vez de abrir outras abinhas mentais, não é mesmo? Se cabeça vazia é oficina do Diabo o coitado não tem espaço em cabeças tagarelas demais. Se escolhi os pinhões certos só descobrirei mais tarde depois de cozidos.
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Lembrei de um texto que li essa semana e alugou um tríplex na minha cabeça, Sobre as coisas que fazemos pela última vez da Michele Contel. E é isso. Não organizei o triplex o suficiente para dissertar a respeito mas fica aqui a nota caso passe uma borboleta e eu nunca mais divague sobre isso por aqui. O que acho particularmente difícil mas nunca se sabe.
A gente nunca sabe quando faremos coisas que amamos pela última vez.
E essa é uma das coisas mais bonitas e tristes que a gente aprende no decorrer dessa longa jornada.
— Michele Contel
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Nessa de ter tempo graças as férias para me aventurar nas outras redes dessa internet algumas coisas me chamaram a atenção, além do fato de que sigo sem lembrar como é usar twitter e as outras duas redes que parecem ter surgido com uma proposta parecida. Sinto que perdi a mão para como e quando deixar os pensamentos ou meus centavos sobre qualquer coisa escaparem então sigo soltando elas aos poucos apenas por aqui mesmo.
Nas tentativas de me inteirar da coisa vi que pessoas seguem revoltadas com qualquer coisa que muitas pessoas resolvam fazer. Aparentemente tem uma galera odiando o fato de que outra galera resolveu entrar no hype da corrida, como dizem. Meus centavos sobre isso? Aquele 01 centavo que quando criança me deixa comprar um chicletinho no mercadinho do bairro. Acho massa pra caramba acompanhar pessoas da minha bolha virtual se aventurando em coisas que as fazem bem. Fim.
Tem também a turma revoltada porque tem quem fale que um livro não é bom por não ter putaria. Revoltadíssimos esbravejavam: — Desde quando um livro para ser bom precisa ter putaria? Desde nunca acho. Cada um tem seus próprios critérios para definir um leitura boa ou não, acredito eu.
Por aqui, por exemplo, consegui regatar o hábito da leitura depois de descobrir a existência de livros de fantasia com muito smut. Meus centavinhos? Tem quem gosta e tem quem não gosta, fim.
Talvez por não saber mais me expressar nessas redes eu ache essa revolta por qualquer coisa mais engraçada do que deveria. Também não me sinto a pessoa super culta evoluída espiritualmente por praticamente não mais usar o twitter. Na grandíssima verdade eu queria mesmo era relembrar como é reclamar de coisas aleatórias nas redes sociais mesmo que gerasse entretenimento para outras pessoas por muitos ou poucos centavos. Deve ser bom eventualmente discordar ou concordar das coisas não só na nossa cabeça.
2 centavos ou uma revolta misteriosa?
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Pronto, um pouco menos de coisas aleatórias ocupando espaço na minha cabeça. Já posso ler mais um pouco e continuar me imaginando uma grande guerreira destemida.
Adorei seu texto!
ResponderExcluirE a parte sobre a galera se incomodando com os hábitos e gostos dos outros na internet, me lembrou demais uma fala do Dyllan Johnny (um dos melhores youtubers do momento, na minha opinião): "O que vem do outro, eu não julgo". Tenho tentado demais praticar isso na minha vida.
Quase Criativa
a vida fica um tico mais fácil quando a gente para de se importar demais com o que os outros fazem né
ExcluirNossa mente tem a capacidade de inúmeras coisas. O poder da mente é incrível.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
ainda bem :)
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