Agosto tivemos a oportunidade de ir ao Beto Carrero World, parque temático em Penha/SC. Inicialmente pretendíamos ir ainda em Julho, como comemoração do aniversário de 3 anos da Sara, porém a realidade envolvia a disponibilidade de todos, o clima, o preço dos ingressos. Os astros enfim se alinharam e fomos na primeira semana de Agosto (5).
Corta para o site do parque anunciando que em Agosto, por ser o mês dos pais, cada pai teria direito a uma criança não pagante. Anúncio que eu infelizmente ignorei e/ou esqueci e que influenciou diretamente no tanto de gente que tinha naquele parque peloamordedeeeeeeus.
Já fui algumas vezes no parque — época do colégio, com meus pais, com amigos, com o pessoal do trabalho — e arrisco dizer que NUNCA vi tão cheio [insira aqui um emoji de palhaço & pânico].
A experiência foi tão INTENSA, por falta de termo melhor pra descrever, que eu sai de lá sem saber se tinha amado ou ficado traumatizada. Em diversas vezes pensei meudeus que ideia estúpida eu tive enquanto em outras só conseguia pensar meudeus como eu amo esse lugar. Inclusive sigo com a vontade de retornar mas sem a menor ideia de quando terei coragem de fazer isso novamente.
Vejam bem, meu parâmetro quando decidi sobre o passeio foram minhas experiências anteriores. Ou seja, nenhuma das experiência foi com crianças pequenas [risos muito nervosos], porém em todas eu saí muito feliz. Na minha ignorância, óbvio que seria muito divertido. Eu conto ou vocês contam?
No fundo, relembrando a coisa toda, acho que superestimei a nossa capacidade de lidar com as adversidades que poderiam rolar. Evento com criança pequena é sempre uma caixinha de surpresas. Evento em um parque lotado, com filas de espera de mais de uma fucking hora em praticamente todos os brincados, olha superestimei demais.
O parque abre as 10h e só depois das 12h é que achamos um brinquedo sem fila, por puro acaso. Depois de tentar vários brinquedos e desistir deles por conta do tempo de espera. Andamos um bocado. Sara perguntou algumas vezes muito frustrada quando chegaríamos no parque sendo que já estávamos lá. Ela facilmente trocaria todo aquele caos por um escorregador. O App do parque mais me deixou confusa do que ajudou. Socorro o tanto que eu me senti burra. Eu já não lembro bem a ordem dos fatores, afinal muitas emoções.
Sara já tinha chorado porque não queria caminhar e era inviável levar a bichinha no colo o passeio inteiro, eu já tinha discutido com o Toni sobre alugar ou não um carrinho de bebê, já tinha respirado fundo muitas vezes, já tinha gritado com o Toni (zero orgulho disso) por ele andar na velocidade cinco do créu. O nível de stress estava intenso, meus amigos. Só que eu cansei.
Cansei da energia caótica que tinha se instalado. Já estávamos lá, muitos dinheirinhos investidos no passeio. Basicamente nos restava fazer funcionar e aproveitar a experiência.
Como eu lido com adversidades com muita dificuldade se estou com fome [risos nervosos] e sabia que ainda lidaríamos com algumas, resolvemos parar um pouco para almoçar. A praça de alimentação já estava lotada mas lembrei que havia alguns poucos restaurantes na parte externa da praça de alimentação, lá achamos um mesa. Mal encostamos as bolsas numa mesa grande e uma pessoa já veio com paus e pedras dizendo que a mesa era da sua família.
Eu já tinha chego tão no meu limite de stress e discussões — era só 13h peloamordedeeeeeus — que com um total de zero energia eu só perguntei se podíamos dividir a mesa já que havia espaço para as duas família e não havia mais nenhuma outra mesa livre.
Não sei se assustei a mulher por não ter reagido na mesma intensidade, ela deveria estar tão estressada quanto nós e talvez pelos mesmos motivos (também estava com criança pequena etc), que ela só assentiu com a cabeça e lá almoçamos cada um com seu lado da mesa.
Nesse momento aceitamos que talvez não conseguiríamos ir nos brinquedos e que teríamos que aproveitar o parque de outra forma. Ir na parte do zoológico, tentar algum show, passear até ter a mesma sorte que tivemos no tremzinho sem fila.
A parte do zoológico me causou um misto conflituoso de sensações. Estar tão próximo de animais selvagens é uma experiência incrível que ao mesmo tempo amarga a gente quando percebemos que o ideal seria estarem soltos na natureza e não presos servindo de entretenimento. Tentei me agarrar a animação e curiosidade das pequenas ao verem os animais dos seus desenhos animados ao vivo e a cores.
Uma das atrações que achei que não conseguiríamos participar e que suspeito ter sido o auge do dia foi o momento da foto com o Shrek. Decidimos participar nos quarenta e cinco do segundo tempo e automaticamente virou o nosso registro favorito.
Perguntei para a Sara qual animal ela tinha gostado mais. Ela respondeu:
— O Shrek.
Já lá pelas 16h bateu a frustração. Dentro de poucas horas o parque fecharia e até então tínhamos conseguindo ir em apenas no tremzinho Vila Esperança, no show Acqua e visto o Shrek. Bateu a sensação de fracasso por criar tantas expectativas nas crianças (em nós adultos também) e falhar miseravelmente na entrega da experiência.
As meninas foram com a minha mãe e minha sogra arriscar a fila do Baby Elefante que estava sempre imensa. Era a terceira fucking vez que tentavam e desistiam por conta do tempo de espera — previsão de mais de uma hora em pé na fila com duas crianças pequenas, no way — e, como dessa vez Toni e eu estávamos em outro lugar, informaram que minha sogra tinha direito a fila preferencial [emoji de palhaço].
Quando a mãe me mandou mensagem poucos minutos depois dizendo que sogra tinha conseguido ir com as duas no brinquedo, enquanto Toni e eu ainda estávamos na fila da Roda Gigante, eu não sabia se ria ou chorava. No fim elas conseguiram ir no barquinho-pedalinho também enquanto Toni e eu, depois de mais de uma hora de fila, conseguimos ir na Roda Gigante.
A sensação de fracasso diminuiu e fomos para casa, já de noite, exaustos. Felizes, mas exaustos.
Dicas / Notas mentais / Curiosidades
- você vai andar muito mesmo, então use roupas e calçados confortáveis — nessa visita o celular marcou mais de 9 km percorridos e dia seguinte foi todinho para recuperar energia e dignidade;
- se não pretende carregar a cria no colo, leve um carrinho ou pague sem medo a diária do carrinho que eles oferecem lá — foram as 80 facadas mais bem investidas do dia;
- ninguém confere sua bolsa então me arrependi de não ter levado uns lanchinhos e suquinhos para as meninas — não achamos suco a venda por lá em nenhum lugar e nos restou recorrer ao gatorade, única coisa que achamos além de água e refrigerante;
- em momentos de contra fluxo pós fim de alguma atração possivelmente você se sentirá enfrentando uma horda de zumbis;
- procure se informar bem sobre regras e direitos para conseguir aproveitar ao máximo o passeio — me senti muito estúpida por descobrir que sogra tinha direito a fila preferencial apenas no fim do dia;
- fazer as refeições no horário que a grande maioria faz não parece uma boa ideia — sobram poucas opções e você corre o risco de acabar numa briga desnecessária por mesa;
- já falei de paciência? tem muuuuita gente sem noção então na primeira oportunidade ignore. geralmente não vale o stress e tempo perdido;
- final de semana ensolarado & fresco em período promocional é uma boa receita para a superlotação, se possível fuja — e eu achando que estava arrasando porque esperei as férias escolares acabarem;
- o que os olhos não veem o coração não sente — se não quer sofrer tal qual uma criança que não ganha o brinquedo que quer NÃO entre nas lojinhas de pelúcia. são lindas e absurdamente caras;
- relaxe e divirta-se — com criança ou não você enfrentará filas, mesmo com os super passaportes que eles disponibilizam. o negócio é ter paciência e aproveitar a experiência o máximo que der mesmo.
Menina, que eu não tenho coragem nem saúde para ir num lugar desses não. Ao menos que tivesse esse carrinho para adultos também kkkkk
ResponderExcluirEu ri demais com "qual animal você gostou mais? Do Shrek". Socorroo, criança sempre fala umas coisas engraçadas, mas que se a gente for parar para pensar, faz sentido.
Mesmo com tanto perrengue, as fotos ficaram muito legais. Valeu o registro!
Beijos :*
Jessica M.
faz sentido demaaais HAHAHA
ExcluirBa, vou passar meu aniversário em Curitiba, em maio, e um casal de amigos disse que valia muito a pena ir no parque do Beto Carrero. Só que depois de olhar no maps a distância, fiquei zero vontade de fazer esse esforço KKKKKK
ResponderExcluirAgora lendo o post percebi que é um lugar que pode ser bem legal de ir mesmo, mas tem que ir tranquilo, com tempo de sobra. Então vai ficar pra uma próxima.
Adorei a dica de levar lanchinho na bolsa kkkk
1bj
tem que ter o dia seguinte garantido pra descansar viu HAHAHAHA
ExcluirQue loucura Ba! Não dá pra acreditar que o parque enche tanto assim.
ResponderExcluirMas ainda bem que apesar de tudo, vocês conseguiram aproveitar um pouco. E palmas pra vocês por não terem jogado tudo pro alto e voltado pra casa.
Adorei a Sarinha perguntando quando ia chegar no parque. Me identifiquei.
nem eu acreditei que cabia tanta gente lá e mais ainda que todos teriam a brilhante ideia de ir naquele dia HAHAHAH panic
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