Tempo (tudo) passa

Registro do começo do mês pra falar um pouco sobre o tempo. Aquela clássica do tempo voa, que é bem verdade. Parece que foi ontem que nasceu e nas primeiras semanas parecíamos presos em algum buraco do tempo. A sensação bizarra de viver aquilo por uma eternidade de dúvidas e medos. Sermos pais recém paridos pela primeira vez é uma coisa muito doida. 

E de novo eu falando que passa, inclusive o tempo. Ou melhor, o tempo faz isso né? Faz passar as coisas. Já são dois meses de Sara e estamos cada vez mais assustados em como o tempo passa, em como o tempo voa. O tisco de gente que parece já ter dobrado de tamanho, já abandonou várias roupinhas e já serve em outras que teoricamente só serviriam daqui um mês.

Até o pavor dos pais recém paridos parece escapar pelos dedos e ir parar em outro lugar. Outros medos aparecem, claro, mas aqueles que tanto nos perturbavam já não são mais medos nossos. A pequena vai crescendo e aprendendo tanto. Vai crescendo e nos ensinando tanto. É uma troca muito doida e gostosa de acompanhar.  

É, eu sei, a gente vai ficando monotemático mesmo. O combo que a maternagem tem me permitido viver e a gente abraça, entre surtos e gratidão. É tempo, é bebê pra cá e pra lá (meu instagram que o diga), é medo, é "tudo passa", etc etc etc. É cansativo mas tem sido muito gostoso e, estranhamente, por mais que eu abrace o presente, vira e mexe me pego pensando também nas coisas que essa pequena ainda nos vai permitir viver e que gostoso vai ser poder compartilhar isso aqui. 

Enfim, reflexões que essa mãe faz enquanto cheira a bebê pós banho, infinitas vezes. É um caminho sem volta, sabe? Agora vou aproveitar a soneca dela e ir ali pegar mais um café.

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