Ser irmã mais velha é uma coisa muito doida. Aquele eterno mixed feelings sobre amar, educar e proteger. Claro, nem sempre foi só amor. Se considerar as tretas e ciúmes da infância com a passagem da adolescência das duas, bom, dá pra dizer que tivemos alguns anos de muito ódio e tremedeira.
Só que a vida é uma caixa de surpresas cheia de aprendizado. Coisas acontecem, escolhas são feitas e todo aquele ódio e tremedeira adolescente é convertido em muito amor, saudade, vontade de esmagar e pegar no colo. Acho que faz parte.
A vida segue, cada uma toma um rumo diferente, umas escolhas diferentes e outras nem tão diferentes assim. Repetem-se erros e acertos na mesma intensidade que coisas novas são descobertas e experiências são compartilhadas. Cada uma com a sua individualidade.
Talvez por isso que ser a irmã mais velha seja um negócio tão doido, tão intenso e cheio de aprendizados também. Mesmo que a gente saiba que algumas escolhas não são tão boas, que o estilo de vida não faça tão bem ou que seria muito mais fácil se repetisse apenas os acertos e aprendesse com os erros, essa é a vida dela. Só porque foram os meus erros, não quer dizer que serão os dela também.
O interessante é que o processo de aprendizado dela é meu também. Nos erros e nos acertos. Aprendo quando escuto o que a machuca, o que a deixa orgulhosa. E só quando eu faço isso é que aprendo como fazer meus concelhos, de quem também já ralou muito o joelho também, surtarem algum efeito, serem ouvidos. Até porque, de nada servem os conselhos, por melhor que sejam, se a outra parte não está aberta para ouvi-las. De nada servem os meus conselhos se eu não me colocar no lugar dela pra entender as suas dores, as suas inseguranças.
É um processo gostoso e assustador também. É gostoso ver toda a transformação dela, a evolução, o crescimento. Ver ela se tornar essa mulher maravilhosa, linda, forte, intensa, cheia de personalidade. Assim como também é assustador ver os tropeços, os machucados. A gente fica querendo pegar no colo, comprar briga, trazer pra casa. Só que a gente sabe que não é assim que funciona.
Eu costumo sempre pensar em algo que meu pai disse quando eu era mais nova (mesmo ele fazendo justamente o oposto, risos nervosos): A gente pode ensinar, aconselhar, mas o máximo que a gente pode fazer depois disso é esperar com o mertiolate na mão pra quando ela ralar o joelho. E é isso. Acompanhar, apoiar e estar ali quando as coisas derem errado, e quando as coisas derem certo também. Ela vai aprender vivendo mesmo, e tudo bem. É vivendo que ela se tornou a mulher que ela é hoje — com todos os seus erros mas, principalmente, com todos os seus acertos — e é vivendo ainda mais que ela continuará se fortalecendo, se tornando cada vez mais capaz de fazer o que ela bem quiser.
Vai ter dia em que ela vai pedir colo, aconchego, aquela ajuda nos perrengue — e a parte difícil aqui é saber quando realmente estamos ajudando ou apenas passando a mão na cabeça. Assim como vai ter dia que ela só vai querer sentar pra tomar um café, contar as novidades. No fim a gente descobre a maravilha que é, o prazer que é ser a irmã mais velha.
É mulher, gratidão enorme por tudo que já aprendi contigo, que já aprendemos juntos. Por esse laço que só se fortalece. Gratidão por ser tua irmã!
Te amo desgraça! ♥
(meldels, esse forro ♥)
ResponderExcluirQue post mais AMOR.
Eu respondo como irmã mais nova: sim, as irmãs mais velhas são as que nos ensinam, ralham, confortam e protegem. É um papel importante nas nossas vidas de caçulas.
Minha sobrinha mais velha ainda não saiu da fase de competir atenção com a irmã mais nova - às vezes as duas querem atenção exclusiva, ao mesmo tempo - e eu por um lado acho fofo, por outro fico pensando no dia em que a mais velha vai estar consolando a mais nova, ou conspirando, ou ensinando números imaginários, ou dizendo pra ela não assistir Gossip Girls e sim Gilmore Girls :P
aaaa que amor ♥
ResponderExcluire nossa, números imaginários (!) o tanto que eu amava calcular isso. hoje já fico pilhada que não lembro quase nada da escola pra depois poder ajudar a sobrinha dos deveres HAHAHAHA
Eu sou a irmã mais nova! Caçula de três, na verdade. Mas acho que entendo bem o que você escreveu, pois relacionamento de irmãos/irmãs é assim mesmo, cheio de aprendizado. Já briguei muito com a minha irmã, mas a raiva sempre passa logo depois. Já botei ela no colo, ela já me botou no colo... e assim fomos amadurecendo e nos ajudando. E isso faz tão bem! :)
ResponderExcluir14doquatro.blogspot.com.br
é uma troca de aprendizado e amor super gostosa né? mesmo com as tretas HAHAHA ♥
ResponderExcluirAi, que lindezura! É tanto amor transbordando! Sou a mais velha daqui também e me identifiquei imensamente com cada pedacinho. Tenho essa ânsia de passar valores e lições pra os 'meus pequenos' e, aos poucos, percebemos o quanto eles lecionam sobre a vida também, não é?
ResponderExcluirwww.semquases.com
Sou a mais nova e vendo desse lado, vejo meus irmãos mais velhos como meus heróis. Pra mim eles sempre serão um exemplo e meu forte. Eu sei que quando precisar, posso correr pros braços deles pois tenho certeza que eles estarão me esperando com o merthiolate na mão rs
ResponderExcluirAi fiquei emocionada ♥
ResponderExcluirBacana essa proximidade com o tempo, natural dois universos diferentes se estranharem né. Ser Irmã - ão - é uma loucura mesmo, às vezes, a gente quer ser a mãe, o pai, mandar, e briga e aff meu pai! Meu irmão e eu quando crianças brigavamos feio, mas eu sabia que ele brigaria por mim.
Não somos próximos, somos quatro, mas quando a gente se encontra se sente em casa. Acho que isso é o que importa, se o bixo pegar, estaremos lá juntos. Essa certeza me deixa feliz.
Muito amor pras duas!
é louco esse laço que a gente cria com eles e que se fortalece a cada momento da vida né? é maravilhoso ♥
ResponderExcluiré bem por aí. acho que é um lanço tão puro e tão forte que, mesmo sem muito contato, não é algo que se apague. sempre estaremos ali, um para o outro ♥
ResponderExcluirah sim, a gente aprende tanto com eles também ♥
ResponderExcluirAi, Ba.. fiquei toda emocionada aqui.
ResponderExcluirQue texto lindo e me tocou de uma tal forma pois também sou a irmã mais velha. Minhas irmãs são beeeeem mais novas que eu.. e eu não convivo com elas assim tão de perto, mas sempre me bate aquela coisa de proteção e pior ainda, eu não estou perto. Ai vida. haha
saudade bate forte né? HAHA ♥ e é tão gostoso ver eles crescendo :) ainda bem que existe as internet da vida facilitando um pouco o contato. assim a gente pode dar esporro por áudio, etc etc etc HAHAHA ♥ mas no fundo a gente ama tanto que os esporros doem na gente também
ResponderExcluirQue texto lindo! ^^
ResponderExcluirTambém sou irmã mais velha e é uma mistura doida de sentimentos. É uma eterna relação de briga, preocupação e amor. (hahaha)
Beijinhos
bem isso HAHAHAHH ♥
ResponderExcluirQue post mais amor! Acho linda essa relação de irmãos e acho que quando são dois do mesmo sexo é mais intensa neh? Pelo menos é o que me parece. Sou filha única, então acabo tendo essa relação com meus amigos. Meio que adoto eles como irmãos.
ResponderExcluirmesmo tendo a crespinha como irmã acabo fazendo isso com algumas maigas também. acho que no fim não importa o nome, mas a relação que a gente tem né? quando a gente gosta a gente quer cuidar ♥ :)
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