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27.9.25

na última edição comentei sobre a liberdade da gente se permitir gostar das coisas que quiser sem se preocupar com o que os outros acham. de poder caber em quantas caixinhas a gente quiser e abandonar essas mesmas caixinhas quando der vontade também.

li um post do th que reforça bem isso e que vale a leitura:

no fundo é isso, a gente precisa nos dar a devida desimportância e live your fucking life

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resolvi tornar minha conta do instagram privada, acho que pela primeira vez desde que ela existe. por mais que eu seja tudo menos low profile nesse blog, o alcance dele graças aos deuses nem se compara com o alcance da outra rede. de alguma forma isso faz eu me sentir um pouco no controle de como o mundo chega nos registros de sarinha. tem coisa que é melhor a gente ser neurótica do que virar estatística pra desgraça. 

eu até poderia apenas arquivar a maioria das fotografias por lá e criar aquele esquema de melhores amigos que a plataforma tem mas sei lá, pareceu mais simples apenas fechar o perfil. 

a parte chata está sendo fazer uma limpa nos seguidores. muito perfil eu não tenho a menor ideia de como me achou, de quem são, e outras fico com receio de ser algum leitor aqui do blog que eu não identifiquei. ainda assim, o perfil realmente precisava de uma limpa e a quantidade de perfil spam que começou a me seguir estava me deixando irritada. 

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conversando com o toni sobre o aniversário da minha amiga que estava chegando mas que não teria festa nem comemoração, sara foi de cara de euforia pra choque em 1 segundo. quando expliquei pra ela que tia tay não gostava de fazer festa assim como o papai ela largou:

— ah, é pra poder ficar vendo filme? 

fico imaginando a cabecinha dela trabalhando em motivos pra alguém não querer festa de aniversário. ela claramente ainda sem entender o motivo do pai não ter comemorado o dele e ainda descobre que tem mais gente que não gosta. que absurdo 😂

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a criança aparentemente sempre atenta escutando as conversas da dinda sobre a força das palavras e desejos.

corta pra sara novamente febril (e muito feliz com isso) falando baixinho, olhinhos fechados, com as mãos em posição de oração:

— eu desejo e quero muito ficar doente pra não ir pra creche! 

socorro ???

disclaimer: ela ama a creche dela mas ama absurdamente mais ficar em casa de pijama (como podem ver e ninguém aqui ousaria julgar). 

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mudei o widget de blogroll para lista numa página. queria mesmo era colocar o widget dentro da página, para os links se ordenarem conforme o pessoal vai postando, mas não consegui destrinchar isso ainda. vamos por partes.  

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cai em um vídeo do tiktok falando sobre bolsos "falsos" em blazers que pasmem não são falsos (!!!1!!!). eu fiquei tão chocada com a informação, ainda mais depois de colocar em prática e descobrir que meu blazer e sobretudo que muuuuito xinguei por isso na realidade tem sim bolsos !!!1!1!!!!, que preciso compartilhar com vocês. 

e quando falo em choque me refiro a ficar tão chocada com a informação que, na hora que testei na primeira peça, passei a mão no telefone pra fazer vídeo chamada com minha mãe e irmã e quase matei as duas do coração porque não sou de fazer isso. as coitadas pensando em mil desgraças até a conexão se estabelecer e eu só queria mostrar que TENHO BOLSOS!!!!1!!1!1!

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resolvi testar um prompt que a @smellslikeliv compartilhou na outra rede e estou absolutamente passada com o resultado. testei pelo gemini porque o chatgpt se nega a manter os meus traços. 

ainda empolga com isso, vi outras pessoas testando mais algumas variações e resolvi testar novamente. brincando com o espaço-tempo. 

esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

21.9.25

E o título desse post peguei emprestado de um post da Arantchas. Uma preciosidade, vão lá ler. 

Acontece que eu fiquei encucada com esse negócio de escrever a página sobre mim nesse blog. Como que a gente se apresenta para os outros? Como que aquela meia dúzia de frases vai dar o menor dos resumos de quem a gente é? Fiquei encucadíssima. 

Por conta disso, resolvi começar a listar coisas aleatórias sobre mim. Não sei nem exatamente o motivo de eu sentir que precisava fazer isso. Além do fato de estar encucada. Sempre tem mais alguma coisinha né?  

Vou inclusive puxar um trecho do post da xis que resume a coisa da lista:

"todo mundo tem suas coisas, e de vez em quando é bom relembrar que elas ainda existem (ou existiram, enquanto faziam sentido). podem ser coisas bobas, podem ser coisas sérias, mas são coisas." 

Vamos lá. 
  • não confio muito no meu limiar de dor. eu com 10cm de dilatação respondendo questionário do hospital entre contrações e a doula falando para o obstetra que se fosse ela já estaria ao berros (pouco tempo depois sara nasceu). quando enfim comecei a vocalizar no parto (basicamente fiquei urrando mesmo), lembrei do filme Guerra Mundial Z (não perguntem) e isso me faz rir toda vez que lembro. 
  • quando criança fui parar no hospital depois de ser eletrocutada. com os pezinhos descalços em cima de uma poça d'água me apoiei num trailer ligado diretamente a um poste de luz. posso dizer que uma voadeira literalmente salvou a minha vida. 
  • perguntei para o body piercer se ia demorar muito pra ele furar meu tragus e ele me respondeu meio desconfiado que já estava inclusive colocando a joia (eu não senti). 
  • nunca fumei maconha (apesar de já ter vivenciado outras coisas 👀) e agora isso parece importante demais pra eu desbloquear aleatoriamente e não consigo decidir quando será o momento dos finalmente. 
  • arranquei a raiz da minha unha fazendo a cutícula porque eu não senti que aquilo não era mais cutícula (fiquei sem unha por alguns meses porque ela caiu e ela é meio torta até hoje). 
  • eu tinha um sonho recorrente. passava por um chafariz, entrando numa cidade abandonada e era perseguida pelo king kong. era muito cansativo. na 3a vez que o sonho começou, me irritei e sentei no chafariz de braços cruzados (lembro disso vividamente) pensando comigo ah não me nego a passar por isso de novo. depois disso o sonho não só acabou como não aconteceu mais. 
  • já deixei um pensamento intrusivo vencer e dei uma garfada na minha irmã assim que ela falou que não tinha medo de mim. 
  • única vez que me atrevi a (tentar) ler a bíblia foi por curiosidade depois de ler Eram os Deuses Astronautas? de Erich von Däniken. 
  • quando criança tinha mania de caçar rã a noite no sítio competindo comigo mesma pra ver se achava mais do que na noite anterior. fim de tarde fazia castelo para o máximo de insetos que apareciam na varanda. estraguei um pote imenso de bolacha do meu pai tentando pegar uma tarântula. todos muito vivíssimos, eu só gostava de tê-los por perto 👀 e logo depois voltavam para o mato. 
  • sinto saudades de tocar bateria e um dos meus arrependimentos de quando era mais nova é de nunca ter arriscado montar uma banda. 
  • quando parei de fumar, fumava três carteiras de Malboro vermelho por dia. decidi parar porque na época teve reajuste no preço e não sobrava dinheiro para o dogão da semana (meudeus as razões 😂) e comecei a acordar com tremedeira e ânsia (na época me pareceu menos relevante). só que até hoje não entendo como fumei até o último da carteira e simplesmente não fumei mais um mísero cigarro desde então, mesmo na época morando com fumantes. só porque eu decidi. é simples assim? eu posso só decidir as coisas? preciso testar mais essa teoria. 
  • as vezes eu percebo que tô sonhando e aproveito pra matar as vontades que não me permito matar acordada, como fumar os malborinhos que não fumo há mais de 15 anos. só é chato quando no meio disso preciso enfrentar demônios e eles não são fáceis de matar. ainda mas chato se eu não achar o cigarro que eu quero no posto de gasolina do meu sonho. complicado. 
  • apareci no treinamento de vendas da Mormaii (uns 15 anos atrás), era um processo seletivo pra uma loja que ia abrir aqui perto de casa. comprei uma alpargata e uma blusa florida. primeiro dia de treinamento o treinador: por exemplo, vocês acham que é isso que tem no guarda roupa dela? aposto que só tem blusa de banda e coturno (eu  🤡). corta pra muuuuitos anos depois, na empresa que eu trabalho hoje, chegando com uma calça jeans cheia de corações bordados. meu chefe me chama pra explicar algo e na hora que olha pra calça larga: nem adianta vir com isso que tu não engana ninguém. (novamente eu 🤡)
  • anos antes de me jogar na graduação de administração (aqui eu já tinha desistido de escolher o que fazer da vida), cheguei a cursar psicologia. na época fazia sentido. fiz algumas fases e gostava bastante. porém teve alguma cadeira que utilizava muito de dinâmica em grupo (algo que eu tenho pavor) e quando vi tinha desistido do curso. provavelmente teve outros motivos mas esse é muito vívido na minha cabeça 😂 
  • no que diz respeito a religião apenas fui batizada na igreja católica. fora isso não me aprofundei e nem tive proximidade com nenhuma vertente. ainda assim, algumas pessoas em momentos ainda mais aleatórios da minha vida já me falaram que eu tenho uma mediunidade-espiritualidade muito forte. mas nunca tive coragem de ir atrás disso não 👀 já achava esquisito demais pensar em coisas e elas acontecerem logo depois (apesar de ter sido muito útil pra fazer minha irmã não ir em muitos lugares quando mais nova). hoje eu quase não percebo mais essas coisas. e quando percebo fico em dúvida se é delírio ou sexto sentido. 
  • uma vez estava deitada com meu gato deitado em um dos meus braços. com o outro braço fiquei fazendo carinho na barriga dele até que ele se irritou e fincou os dentes na minha mão. como fiquei presa, única solução foi morder ele. depois disso nunca mais nos mordemos. 
  • suspeito que pessoalmente eu seja séria e prática demais numa conversa (por falta de uma expressão melhor pra explicar isso) porque na minha cabeça eu estou sendo normal (?) e simpática. até o toni na sequência falar credo achei que tu ia fazer a moça chorar e eu ficar assustada com isso porque eu SORRI!!!!1!1!! certa vez ainda postei no stories do instagram aquele meme do como eu acho que falei (barney) versus como eu realmente falei (trex em jurassic park) porque na minha cabeça é exatamente assim e um ex-namorado de muuuuitos anos atrás respondeu o stories: NUNCA O BARNEY, BARBARA, NUNCA O BARNEY!!!!11!!1 😂 o que me faz pensar que eu SEMPRE fui assim. 
  • acho que no geral tive uma relação bem de boas com a maioria dos meus ex-namorados quando jooovem — meu tio me chamava de namoradeira mas eu achava que ia morrer solteira porque cansava de namorar rápido demais, como se eu estivesse quebrada mesmo, indiferente emocionalmente (?) e confundia amizade com atração (?). e bizarramente como essa maioria eram grandes amigos chegava uma hora que eu só não queria mais seguir com aquilo e fim. talvez ninguém soubesse realmente o que estava fazendo e acho que não traumatizei ninguém (assim espero) porque são pessoas que, mesmo que raramente, ainda tenho algum contato e não parecem querer me atropelar. todos seguiram suas vidas, viveram novos relacionamentos, construíram suas próprias famílias. o que eu acho muito massa de acompanhar graças a internet. e percebo que alguns vibram positivamente da mesma forma quanto aos caminhos que a minha vida tomou. mas tem dois que eu atropelaria facilmente
  • também achei que eu era quebrada por muitos anos por não ser alguém que sente ciúmes e muita gente associava isso a indiferença emocional (?). fiquei mais tranquila (sentindo uns centavos de normalidade na minha cabeça) depois de entender que não é bem por ai. 
  • assisti o filme Sinais no cinema (2002) e desde então a mania de olhar o telhado das casas a noite segue firme e forte. se eu estiver em algum sítio provavelmente vou demorar alguns segundos olhando para um ponto no mato só pra ter certeza. 

pelamordedeus esse post já ficou quilométrico e tenho tanto na cabeça ainda. Memórias que foram desbloqueando enquanto eu escrevia... Vou inclusive postar hoje (sim, mais um post) porque não sei lidar com post programado. Ansiosa demais. 

Ei @arantxas, não só acho que vai vir continuação disso aqui como eu acho que deverias também viu? O tanto que eu ri escrevendo e lembrando dessas coisas. Bom demais.  

Sempre moleca, para o desespero da minha mãe.

Cabecinha tem estado mais barulhenta do que o habitual. 

Apesar da vida CLT ocupar tempo considerável dos meus dias, parou de ser uma pedra no sapato e de ser uma grandíssima dor de cabeça como foi nos últimos meses. Um alívio, porque pensar em mudanças profissionais também me dá dor de cabeça, entre outros sentimentos muito incômodos. E não dá pra simplesmente jogar tudo pra cima e parar de trabalhar a cada dor de cabeça, não é mesmo? Os deuses entenderam guerreira, ao invés de herdeira. Acontece. 

Diante disso, muito tem se trabalhado, muito mesmo, mas o gosto disso agora é outro — passos mais próximos de realizações importantes — e muitas outras preocupações tem surgido. O custo das conquistas é alto, todo um peso financeiro e emocional. Bom desejar, batalhar para tornar as coisas reais, e também cansativo pra caralho. 

Logo vamos nos mudar, fazer de outro espaço nosso lar. 

Estamos ansiosos, um tipo de ansiedade que acredito que nem parir uma criança gerou na gente. Coisa de doido. 

Acho que a ficha irá cair mesmo quando pegarmos as chaves. Enquanto isso fica parecendo delírio coletivo. Não consigo listar as coisas que precisamos comprar, organizar. As listas ficam apenas no plano mental por enquanto. 

Muita coisa vai mudar nos lados de cá, na nossa rotina. Por isso ainda não retornei para a academia também, e sinto uma falta desgraçada. 

Parece um pouco aquela coisa do pós-parto quando dizem calma mãezinha (arrrgh) vai passar mas ai eu me pergunto quando???? porque eu preciso de um prazo, de data e hora sabe? Eu preciso me organizar. 

Sara vai ter um quarto pela primeira vez. Minha cabeça já visualizando como vai ser bacana não ver mais todos os brinquedos dela espalhados pela sala (todos é puxado), é só fechar a porta. Isso mesmo, nem vou ousar me iludir que a casa nova ficará intocável como se ninguém morasse nela. Deus me free. Só vou poder me dar um luxo de camuflar a bagunça eventualmente. Já acho ótimo. 

Só que tem outro detalhe, a criança dormiu a vida todinha dela do meu lado. Prevejo muitas madrugadas acordando pendurada na cama dela com o braço dormente na expectativa de tornar a transição menos traumática (pra ela no caso). Choooooices

E isso é só aqueles dois centavos de preocupações e pensamentos e ansiedades e euforia e... tudo isso e mais um pouco, que fazem parte do que vem por aí. 

Já olho para o cafofo que nos acolheu nesses últimos anos com o sentimento de despedida mesmo. Ansiosa para começar a encaixotar as coisas. 

As vezes abro o pinterest pra tentar visualizar a coisa toda. Escolher o que combina com a gente em tempos de tanta informação e possibilidades é loucura. Um pouco disso, um pouco daquilo outro. 

Nesse sábado resolvi passar a tesoura no cabelo novamente, começo a suspeitar que meus surtos capilares estão sempre envolvidos com mudanças internas, externas... 

Ia registrar o grande momento pós retorno do salão mas já cheguei descabelada (como sempre) e louca para voltar a dormir (um oferecimento virose round nº só deu sabe). Desisti de grandes produções e registrei o momento sem nem me dar o trabalho de tirar a pilha de roupas da frente esperando para serem guardadas. 

De alguma forma pensei em fazer o registro pra marcar a mudança e a despedida. Logo os registros na frente do espelho serão diferentes. 

Só depois disso levei a pilha errante para a sala e me permiti uma soneca antes do almoço. Outra depois do almoço também. 

13.9.25

Agosto foi um grandíssimo trabalha y trabalha, não aconteceu muita coisa e fotografei menos ainda. Aproveitei os últimos dois centavos de férias mas assim que acabou me vi sugada pelo trabalho e pelas preocupações quanto a nossa mudança (que ainda não tem data definida). 

Para minha surpresa, considerando que pisquei e o mês acabou, mantive o ritmo das minhas leituras. Esperava mais de um, fiquei emputecida com outro (mas terminei porque sou teimosa) e amei outros quatro. Não dá pra reclamar do saldo do mês quanto a isso. 

Foi um mês tão puxado que achei que não conseguiria participar do tema de Agosto do projeto WOA. O post saiu atrasado (o mês já tinha virado), mas saiu. 

Levei bolo de banana com chocolate para o trabalho e Rafa veio pedir a receita. Bolo leve, fofinho, uma delícia. Quando questionei o Toni ele riu e falou que não tinha como passar a receita porque a pitada de muita coisa foi por conta da Sara e nem ele sabe detalhadamente o que aconteceu. 

Spoiler: o bolo ficou 100000/10. 

Comecei a ler Quicksilver nos quarenta e cindo do segundo tempo de Julho mas a maior parte da leitura foi em Agosto. Sendo assim, posso considerar ele como sendo a melhor leitura do mês facilmente. Dei meu dois centavos sobre essa leitura em outro post sobre as minhas últimas leituras. Sigo com vontade de gritar de tão bom que foi ler esse livro. 

Inclusive sigo muito triste que até o momento só tem divulgado a data de publicação do segundo livro na gringa — o que me deixa cada vez mais ciente que será a vontade de ler romantasias que me fará criar vergonha na cara e estudar inglês (entendo o básico, acho, mas ainda não rolou encarar um livro). 

Para a alegria de Sarinha, apesar do papai dela evitar socializações sempre que possível (como no caso do aniversário dele porque é ele que escolhe), a madrinha dela já adora comemorar qualquer coisa. Como lil sis ia completar mais uma volta ao sol, lá fomos rumo a Imbituba comemorar os 31 aninhos dela (eu sou só 4 anos mais velha que ela mas como irmã mais velha parece que essa distância sempre será quilométrica e ela sempre será minha irmãzinha). 

Sara quis segurar as flores que a dinda ganhou do tio Rodrigo que não pode estar presente. 

E para a minha alegria meus queridos amigos, pais da minha afilhada absurdamente esmagável, conseguiram ir também. Encontro que entra fácil na minha lista de coisas que me fazem tão feliz que dá vontade de gritar. 

Diga que você é competitiva sem dizer que você é competitiva.

Sara disputando com a madrinha quem apagava primeiro as velas quase me fez mijar de tanto rir enquanto filmava esse momento. Frames de vídeos nunca falham. 

A vida presta. 

adoro a capacidade da minha cabeça de desbloquear interesses e torná-los novas obsessões, mesmo que a vezes temporárias. como agora que aparentemente estou obcecada por, de acordo com a minha irmã, hard techno (para meu absoluto choque) e, mesmo desbravando algumas playlists, o play se repete violentamente numa versão de vielleicht vielleicht

nem sabia que era possível trabalhar ouvindo hard techno e outras variações mas tá rolando demais (quem diria pra quem geralmente faz isso ouvindo heavy metal). e não nego nem confirmo que cheguei a imaginar sara no futuro gostando e eu tendo desculpa pra ir (e levar ela), risos. 

a minha versão de mãe preocupada e protetora (talvez) não deveria imaginar isso mas a versão realista sabe que essa criança vai viver muita coisa quer eu queria ou não e me restará orientar muito (e ir junto quando der hihi). 

outras que fiquei dando repeat também: 

como fui da skin que se é chamada pra sair quer saber se tem aonde sentar pra pessoa que se imagina numa rave? grandes questões (minhas personalidades que lutem). 

edit: a quem interessar montei uma playlist e que tocou aqui a semana inteirinha (completamente perdida na personagem). 

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esse post era pra ser mais uma versão de vozes aleatórias da minha cabeça mas tudo o que fiz essa semana foi trabalhar muito e em casa com uma criança doente (mas com energia de quem não estava doente). então estou monotemática. 

estamos há um total de zero dias sem dormir bem e em uma dessas madrugadas pós nova obsessão desbloqueada me peguei pesquisando prompts pra transformar uma foto minha numa versão dark de cyberpunk porém, como podem ver, chat meio que pesou a mão e parece que cai num tonel de piche radioativo. 

como uso a versão gratuita do chat preciso aguardar algumas horas pra dar uma melhorada nisso ai. eu só queria uma imagem bacana (e menos macabra) pra minha playlist sabe? 

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irmã esta alucinada por eu ter desbloqueado essa nova personalidade e fiquei muito feliz dela ter aprovado a minha playlist. 

espero que o spotify não tenha limite de músicas por playlist porque aparentemente irmã já espalhou a notícia e tem amigo mandando vários indicações (estou salvando tudo). 

não satisfeita (e completamente eufórica) está inclusive pensando em que evento poderia me arrastar pra ver se a personalidade aguenta o tranco. será se vem ai? tenho nem roupa pra isso (apesar do algoritmo da outra rede já me dar algumas ideias). 

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mudando um pouco de assunto mas não muito, umas das melhores decisões que acredito ter tomado nessa vida é a de não me sentir na obrigação de me encaixar em nenhuma caixinha. quando era mais nova lembro disso me incomodar, essa necessidade imposta pelas pessoas ao nosso entorno de nos encaixarmos em algumas regras do que se deve gostar. 

quando a gente é jovem quer pertencer a alguma coisa né? um grupo, uma panelinha, enfim, alguma coisa. e a própria ingenuidade, afinal o que a gente sabe da vida, nos mete em muita enrascada. 

se você é team rock então deverá escutar apenas determinadas músicas, usar determinadas vestimentas. se não souber a discografia completa de um artista, deus me free, você não tem carteirinha de fã. isso me deixava irritada demais. 

já fui a adolescente tentando ser patricinha, a jovem ameaçada a perder a amizade se não fosse numa balada (o que foi bem traumático na época porque eu fui — e eu já era considerada estranha na época, ainda bem). 

enfim, tentei me encaixar em um bocado de caixa como se fosse escolha única sabe? o que é bem do cansativo porque os gostos mudam e, pra ser sincera, as relações com quem te impõem a caixa duram muito pouco. 

então quando eu decidi (e aceitei) que quem dá e tira a minha própria carteirinha sou eu e que, graças a isso, posso escolher o que eu quiser... o alívio sabe? precisa fazer sentido só pra mim mesmo. a vida fica muito mais leve quando a gente complica menos as coisas, quem diria? 

e isso de gostar das coisas serve pra tudo. pro que a gente veste, escuta, assiste, os lugares que a gente se permite ir... as amizades. assim como seu par não precisa ter todos os absolutos gostos iguais, seus amigos também não. e isso, minha gente, dá uma liberdade pra viver imensa. 

se o algoritmo dá conta dos meus gostos (divertidamente aleatórios), quem é o alecrim dourado na fila do pão pra decidir o que eu devo ser, não é mesmo? 

***

agora, realmente mudando de assunto, como que lida com a ansiedade pré mudança? louca pra pegar as chaves do cafofo de uma vez e poder começar a encaixotar os cacareco tudo. socorro. 

achei que ia ser mais sofrida essa coisa de ir me despedindo da casinha em que moramos — eu realmente gosto muito daqui, muita memória afetiva envolvida — mas parece que já caiu a ficha do novo lar e com isso vem toda a euforia que envolve mudanças na vida. 

tô animada, ansiosa. cabeça pipocando de ideias e preocupações também, afinal, muitos gastos pela frente. 

vamo que vamo. 

esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

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